14/05/2014

A Festa do Santo Cristo - 2014


 
O fim de semana festivo começou no dia 1 de Maio com o convívio do sacrifício do borrego assado na brasa, que segundo opinião de alguns comensais estava apetitoso, pois os mordomos da iguaria não deixaram os créditos por mãos alheias.

O programa religioso dos dias 2, 3 e 4, a exemplo dos anos anteriores, foi cumprido na íntegra. A fasquia está sempre a subir, mesmo em tempo de crise. Houve alguma contenção, mas com muita iniciativa e colaboração de muitos.

Para que a nossa festa anual continue com a pujança das últimas décadas, todos, mas todos devem colaborar, pois há contratos que se celebram com muita antecedência e os compromissos têm de ser respeitados, e na altura não há previsões de verbas .

Verifica-se algum alheamento em certas situações, e os mordomos estão sempre a fazer contas à vida...mesmo tendo sido a festa ao fim de semana.

Será que teremos de referendar ...para que a festa seja ao fim de semana?

Não tardará muito que não haverá homens com força suficiente e vontade para transportar o andor do Divino Santo Cristo ...

A parte lúdica dos dias 3 e 4 foi de arrasar. Dia 3 com um grupo de acordeonistas e um conjunto de Viseu com um programa multimédia que despertou os sentidos de todos os presentes, assim com o fogo preso.

Houve também a funcionar uma quermesse e o bar, para assim se angariarem mais uns trocos...

Parabéns aos mordomos cessantes, por todo o empenho. Não vale a pena citar nomes, para evitar qualquer omissão involuntária...Certamente todos reconheceram todo o trabalho em prol de mais estes dias de festa vividos por todos os Navenses presentes.

Felicito os novos mordomos e desejo que para o próximo ano, mesmo os nossos amigos que não possam estar presentes no dia 3 de Maio que será no Domingo, colaborem enviando o seu donativo, para que esta tradição não acabe tão depressa....






Maria Amélia Rosário



20/05/2013


Festa da Santa Cruz 2013, na Nave

Mais um ano e a Nave esteve em festa nos dias 2, 3 e 4 de Maio, celebrando-se a festa da Santa Cruz.

Os festejos começaram no dia 2 com a habitual missa (Aniversário das Almas) recordando todos os que já partiram e que pertenceram à Irmandade do Divino Santo Cristo. Também à noite houve o convívio, onde não faltou o já tradicional borrego na grelha, para gáudio de todos os homens de barba rija, como comprovam as fotos que o Robert colocou no site.

O dia 3 começou cedo, com a alvorada, seguida da banda da Música , que começou por tocar “A Portuguesa”, pondo todos em sentido logo bem cedinho...

Às 11h30 seguiu-se a procissão para a Igreja Matriz, onde foi celebrada a missa e seguidamente o regresso da procissão para a capela do Santo Cristo. Este ano o S. Pedro brindou-nos com bom tempo e apesar da crise, houve muitos Navenses que se associaram a este evento anual, para estar em família ou rever amigos.

Alguém dizia: aqui nada acontece de novo para que seja noticiado. É pena, porque ao abrir o jornal 5 Quinas, havia noticias de aldeias mais pequenas que a nossa, onde organizam várias actividades e participam, dando vida às comunidades.

No dia 4 houve novamente a procissão, da Capela do Santo Cristo para a Igreja Matriz, terminando as celebrações religiosas.

De referir também os bailes dos dias 3 e 4 no novo Pavilhão, já com melhores condições para o efeito, bem como o fogo de artificio.

Uma felicitação aos mordomos cessantes, pelo trabalho desenvolvido ao longo do ano, com muita disponibilidade e amor à nossa terra e às nossas tradições..

Não deve andar longe o tempo em que serão pedidos voluntários para mordomos... Com o passar do tempo e as voltas que a vida dá (desertificação das aldeias e envelhecimento da população), vai rareando o número de nomeados disponíveis, e é preciso que haja gente nova a entrar, para manter a chama viva !!!.

O calendário para o próximo ano será mais favorável, e como a Troika estará de saída (???), irá ajudar à festa... Todos já seremos poucos para “contribuir” para que o dia 3 de Maio, dia de tantas recordações, não passe à história...

Maria Amélia Rosário

08/09/2012

Festa do Santo António - 2012


Nos dias 13 e 14 de Agosto a Nave celebrou a festa em honra de Santo António. Foi da sua bela Capela do Séc. XVIII que saiu a procissão rumo à Igreja Matriz, onde foi celebrada a Missa, abrilhantada pela banda de música de Gouveia, que já tinha percorrido as ruas da nossa terra, convidando todos à participação nos festejos, e fazendo uma paragem no Lar do Divino Santo Cristo, para alegrar o coração dos que lá se encontram, que, com muita emoção, agradeceram a iniciativa. Terminada a celebração da Missa, foi o regresso da procissão para a Capela de Santo António.

Esta tarefa da mordomia esteve a cargo da familia André. Certamente que a geração mais nova (os mordomos) não irão esquecer os momentos enriquecedores, de azáfama, que antecederam o dia da festa. Desde a instalação temporária de electricidade no Pavlhão Multiusos, à quermesse, que foi uma novidade, e muito bem sucedida, ao lançamento de balões de hélio que iluminaram a noite de verão, substituindo o fogo de artificio, sendo uma ideia bem mais económica e amiga do ambiente. Bela onda de criatividade. Parabéns

De realçar a generosidade das nossas gentes, que mesmo em tempos dificeis não deixaram de honrar as nossas tradições.

À parte lúdica não faltaram os bailaricos realizados no pavilhão, (funcionando em simultâneo a quermesse e o bar) do agrado de todos, assim como a famosa garraiada no dia 14, para gáudio da rapaziada, mostrando a sua valentia e desafiando os belos toiros (à medida da brincadeira).

Aos futuros mordomos uma saudação especial pela disponibilidade demonstrada, não sendo necessário a nomeação oficial.

Bom trabalho! o Santo António merece.....

 

Mª. Amélia Rosário

Fotos: Drª Sandra André




14/05/2012

Festa do Divino Santo Cristo - Nave




Maio chegou e logo nos dias 2 , 3 e 4 a Nave esteve em festa.

Os festejos começaram como é habitual no dia 2, com o aniversário, recordando todos os nossos parentes e amigos que pertenceram à Irmandade de Divino Santo Cristo, e de seguida houve a procissão para a Capela do Santo Cristo .

À noite houve o convivio da rapaziada da terra, onde não faltou o borrego assado, o bom vinho e muita animação, com vozes afinadissímas... o tempo convidava a estar à volta do borralho.

O dia 3 esteve cinzento, mas bem cedo os foguetes da alvorada trouxeram novo ânimo para "afugentar" a chuva, que teimava em estragar os festejos tão aguardados, mas os rituais mantiveram-se.

Às 09H00 da manhã, chegou a banda da música para abrilhantar a procissão e a Santa Missa, dando logo de seguida a volta à aldeia.

Ao meio dia iniciou-se a procissão para a Igreja Matriz e de novo a chuva caía copiosamente, mas com o colorido dos chapéus de chuva ajudaram a não arredar pé e a proteger os elementos da banda e todos fresquinhos assistimos à missa.

Os pontos altos da missa foram: a homilia proferida pelo Sr. Padre Américo, e o ofertório, participado pelas crianças (algumas bem pequenas) levando as oferendas, numa postura "solene", o que nos faz acreditar que estão ali as grandes promessas que vão vencer os desafios do futuro.

Após a celebração da missa seguiu-se em procissão para a Capela do Santo Cristo, terminando nesse dia a festa religiosa..

Nunca é demais agradecer a todos quantos contribuiram para que esta grande festa continue com a dimensão que todos queremos e os amigos da Nave merecem, bem como aos mordomos.

À noite, pelas 22h houve o grande bailarico, no novo pavilhão construido pela Junta de Freguesia, que servirá para futuros eventos. À meia noite, como habitualmente, houve o tradicional fogo de artifício, espectáculo do agrado de todos.

No dia 4 terminou a festa religiosa, realizando-se a tradicional procissão, entre as igrejas de Santo António e Matriz, seguida de Missa.


Esperamos todos que no próximo ano o S. Pedro nos brinde com tempo melhor, e com a presença de mais conterrâneos...

12/09/2011

Festa do Santo António 2011

Ainda que tardiamente não quis deixar de lembrar aos amigos da Nave que no fim de semana de 13 e 14 de Agosto a nossa terra esteve em festa e engalanou-se para receber todos os que participaram nos festejos.



No dia 13 realizou-se a tradicional festa de Santo António. Houve grande afluência de todos os que por um motivo ou outro gostam de homenagear Stº. António e conviver com as nossas gentes. O tempo de férias também convida a que a Nave tenha a vida que outrora lhe dedicaram tantos conterrâneos que vemos desaparecer, com grande mágoa. Mas voltemos à festa...

O dia 14 foi dia de garraiada, e a gente nova não se poupa a esforços para que a praça improvisada fique em segurança , não vá a brincadeira resultar em sobressaltos. Segundo informação e as fotografias assim o comprovam, houve grande "afición" e rasgos de grande bravura.

E para dar colorido à festa brava, nas últimas edições não tem faltado o grande envolvimento das aficionadas, tornando a festa mais empolgante e atrativa, não deixando os créditos por mãos alheias, ou seja, para as pegas dos homens. Assim vale a pena, pois toda a gente participa: homens, mulheres e criançada.








Aos mordomos, cabe o papel principal e o mais difícil, mas o orgulho dos Navenses em fazer sempre mais e melhor, faz com as nossas tradições não morram.

PARABÉNS A TODOS E QUE AS FESTAS CONTRIBUAM PARA A UNIÃO DOS NAVENSES

Maria Amélia Rosário

Fotos: Olivia Gralha e Robert

09/06/2011

Capeia 2011 no Campo Pequeno


Conforme informámos, realizou-se no Campo Pequeno, no sábado, 4 de Junho de 2011, a tradicional Capeia Arraiana do Concelho do Sabugal (ver video aqui). Grande festa de convívio entre os nossos conterrâneos.
Na arena, o grupo da Nave abriu a festa brava com a lide do primeiro touro da tarde; alguns já "regadinhos", mas não lhes faltou força e destreza para a folia, no manejo do forcão...
Vamos todos empenhar-nos na preservação das tradições ! Até para o ano, no Campo Pequeno, até sempre nas nossas festas!

01/06/2011

Capeia Arraiana 2011, no Campo Pequeno




A Casa do Sabugal, cumprindo uma tradição que remonta há 33 anos, realiza no próximo sábado, 4 de Junho de 2011, a tradicional Capeia Arraiana, na qual participam os mais aficionados da festa tauromáquica à moda da Raia, das freguesias do concelho do Sabugal.

A Nave também estará presente. Estamos todos convidados a participar neste grande convívio das nossas gentes.

Até sábado !


15/05/2011

Festa do Divino Santo Cristo, na Nave









No dia 3 de Maio celebrou-se na Nave a Festa do Divino Santo Cristo, comemorando-se nesse dia também a festa da Santa Cruz.

Várias são as tradições que apontam este dia como um dia santificado, ao qual estão ligadas diversas lendas, como a que se refere ao milagre da descoberta da verdadeira Cruz de Cristo, por Santa Helena, mãe do imperador Constantino, quando da sua viagem à Palestina, na intenção de procurar a Cruz em que o Senhor foi crucificado.

A nossa festa, segundo registos da Irmandade, é celebrada desde 1845. Mas como há registos em mau estado e outros talvez desaparecidos, a festa pode ter sido celebrada ainda antes daquela data.

Vem a propósito alertar para a necessidade de se mandar restaurar os documentos históricos, que estão em processo de degradação, sob pena de se vir a perder para sempre o precioso registo documental do nosso passado.

O programa religioso manteve-se idêntico ao dos anos anteriores, ainda que cada grupo de mordomos imprima o seu cunho pessoal e todo um brilho próprio aos actos litúrgicos e profanos.

O Ano Europeu do voluntariado assenta bem a todos os mordomos e aos deste ano em especial, pelo seu esforço e grande disponibilidade, assim como dos seus familiares, como foi o caso da Alzira Barbosa, a residente que arcou com boa parte do trabalho ao longo do ano, mostrando sempre a sua generosidade, como é seu apanágio. Também aos novos mordomos, que se prestaram a realizar a festa do próximo ano, o nosso reconhecimento. Ainda há muitos valores de que nos orgulhamos, na nossa comunidade.

No dia 4 de Maio foi o encerramento, com a celebração às 11h00 da Santa Missa, animada pelo Grupo Coral “Pedras Vivas” da Guarda, cuja actuação foi coordenada pelo Celso Galhano, membro do grupo. Mais um grande contributo para a divulgação da nossa festa e da música como Arte.

Quero também felicitar o Tó Manel Xavier pelo interesse que teve em preservar electronicamente uma grande parte do espólio religioso existente, assim como outro património, que conta a história de outrora. Duas belas iniciativas de conterrâneos, que provam quanto amam a Nave.

Quanto à data da festa, os mais conservadores gostariam de a manter nos moldes actuais; todavia, parte dos que vivem fora da Nave, nem sempre podem cá vir nesta altura do ano, ou porque trabalham, ou porque estudam.

Este facto tem gerado um crescente movimento de opinião, no sentido de se fazer um pequeno ajustamento das datas (mantendo a missa no dia 3 de Maio, e as restantes celebrações no primeiro fim de semana de Maio, nos anos em que o dia 3 seja a meio da semana), por forma a permitir que todos possam estar presentes.

Vantagens que este grupo aponta, relativamente à possível adaptação das datas:
  • manter intactas as tradições,
  • permitir que uma faixa mais alargada da população possa participar na festa todos os anos,
  • permitir que os mais novos se empenhem ainda mais, e vão recebendo o “testemunho”,
  • aumentar a verba para os festejos, já que mais pessoas contribuiriam.

Bem hajam todos os Navenses que, de uma forma ou outra, contribuem todos os anos para o engrandecimento da nossa festa.

Que a festa da Santa Cruz continue a ser o ponto de encontro de todos os AMIGOS DA NAVE.


Maria Amélia Rosário

12/12/2010

Um Poema de Natal ... diferente

Nesta quadra festiva, infelizmente dominada pelo consumismo, que tal um poema de António Gedeão, que é uma reflexão sobre o outro lado do Natal ?

Dia de Natal

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros - coitadinhos - nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes, a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.
Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.
Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.
A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra - louvado seja o Senhor! - o que nunca tinha pensado comprar.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus,
doce Jesus,
o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!
E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas.
.

Feliz Natal para todos, e bom Ano !

Maria Amélia Rosário

04/12/2010

A Nave com Neve

O rigor do inverno chegou à nossa aldeia, e vestiu-a de branco, tal como outras zonas de clima mais frio.
Não pude deixar de partilhar convosco a beleza das fotos enviadas pela Celeste Gonçalves, a quem agradeço.

Maria Amélia Rosário







30/05/2010

Capeia 2010










No dia 29 de Maio, realizou-se mais um grande convívio entre os nossos conterrâneos que residem na Nave e em Lisboa e arredores, e que puderam comparecer, para assistir à grande capeia arraiana, promovida pela Casa do Sabugal.

A Nave compareceu com um grande grupo de aficionados, como provam as fotos. Foi emocionante e uma tarde bem passada, com tanta gente do nosso concelho, o que prova que estamos vivos e dispostos a manter as tradições da nossa cultura.

Houve um almoço onde não faltaram as sardinhas assadas, grelhados mistos, bem regadinhos... e uma mesa lauta para todos.

A tourada correu bem, com poucos “arranhões”. À nossa moda é sempre emotiva, os touros eram bravos e matreiros, não dando tréguas aos foliões. Foi pena que não pudêssemos aplaudir em especial o grupo da Nave, na espera dos touros ao forcão, pois também mereciam a oportunidade, como outras freguesias. Vamos desculpar este pormenor à organização. Para o ano será diferente. E festa brava é sempre festa !

Depois da tourada, novamente reunião à mesa, pois o leitão e o resto do comes-e-bebes não podiam voltar para trás. E a viagem também tinha de ser feita pelos nossos amigos, com o estômago bem aconchegado.

Estão de parabéns os elementos da Junta de Freguesia, os que estiveram de volta do grelhador, e todos os que colaboraram, em geral.

Foi uma grande jornada. Valeu a pena

09/05/2010

NAVE - FESTA DA SANTA CRUZ 2010








A tradição manteve-se, com a realização no dia 3 de Maio, da festa da Santa Cruz, em honra do Divino Santo Cristo.

São dias vividos com grande emoção. No dia 1 de Maio foram recordados todos os que pertenceram à nossa comunidade e que faziam parte da Irmandade do Divino Santo Cristo.

O dia 3 começou bem cedo com a alvorada, acordando até os mais dorminhocos. Pouco depois, com a chegada da banda da música, só faltou a miudagem que outrora dava mais vida às ruas, na primeira volta à aldeia, como nos tempos da minha infância, em que os rapazes seguiam atrás da banda e aproveitavam para apanhar as canas dos foguetes. Vai longe esse tempo, mas está sempre presente.

Às 11h30 a procissão saiu da Igreja do Santo Cristo até à Igreja Matriz, onde foi concelebrada a Santa Missa, por três Sacerdotes. A pregação ficou a cargo do Sr. Pe. Hélder, pároco na Ruvina, o mais novo do Arciprestado da Guarda, mas que foi brilhante na sua alocução. Se todos estiveram atentos as seus reptos, decerto que a vida vivida na Fé será bem mais fácil, nesta nossa caminhada!...

Após as cerimónias religiosas, houve o grande convívio no largo da Igreja Matriz, onde se realizou um grande baile e à meia noite (noite gélida) não faltou a grande sessão de fogo de artifício.

No dia 4 foi o encerramento, novamente com a procissão e missa na Igreja Matriz, celebrada pelo Sr. Pe. Américo. A animação teve coro mais numeroso e orientado pelo diácono Manuel e o organista João, familiares da Odete Tomé. Parabéns pela iniciativa.

Foi pena haver pouca gente, talvez por ser em dia de semana. E como diz o poeta: “o mundo é composto de mudança”, porque não unirmos esforços e darmos passos para que que a nossa grandiosa festa perdure?

A realidade é que a festa da Santa Cruz tem cada vez menos afluência de Navenses e famílias, o que é mau para a sua continuidade; alguns conterrâneos, preocupados com este fenómeno, auscultaram a opinião de parte da população, sobre a eventual mudança da data da festa, para o primeiro fim-de-semana de Maio, por exemplo. Houve logicamente opiniões diversas, que têm de ser respeitadas; se uns aprovam, outros rejeitam, pelo que não há “volta a dar”... Aguardemos. O tempo decidirá...

Uma palavra de apreço e reconhecimento para os mordomos, pelo esforço e dedicação a esta causa tão nobre. Tudo muito bem programado. As Igrejas eram um hino à natureza, com a beleza das flores, tal foi o gosto das mãos que as colocaram....Parabéns a todos.

Estou ciente que os novos mordomos vão continuar a mística destes dias. Não vai ser fácil para alguns, por motivos profissionais.

Força!... Em 2011 lá estaremos para colaborar, se necessário for.

Maria Amélia Rosário
Fotos Robert e M. Amélia