15/05/2011

Festa do Divino Santo Cristo, na Nave









No dia 3 de Maio celebrou-se na Nave a Festa do Divino Santo Cristo, comemorando-se nesse dia também a festa da Santa Cruz.

Várias são as tradições que apontam este dia como um dia santificado, ao qual estão ligadas diversas lendas, como a que se refere ao milagre da descoberta da verdadeira Cruz de Cristo, por Santa Helena, mãe do imperador Constantino, quando da sua viagem à Palestina, na intenção de procurar a Cruz em que o Senhor foi crucificado.

A nossa festa, segundo registos da Irmandade, é celebrada desde 1845. Mas como há registos em mau estado e outros talvez desaparecidos, a festa pode ter sido celebrada ainda antes daquela data.

Vem a propósito alertar para a necessidade de se mandar restaurar os documentos históricos, que estão em processo de degradação, sob pena de se vir a perder para sempre o precioso registo documental do nosso passado.

O programa religioso manteve-se idêntico ao dos anos anteriores, ainda que cada grupo de mordomos imprima o seu cunho pessoal e todo um brilho próprio aos actos litúrgicos e profanos.

O Ano Europeu do voluntariado assenta bem a todos os mordomos e aos deste ano em especial, pelo seu esforço e grande disponibilidade, assim como dos seus familiares, como foi o caso da Alzira Barbosa, a residente que arcou com boa parte do trabalho ao longo do ano, mostrando sempre a sua generosidade, como é seu apanágio. Também aos novos mordomos, que se prestaram a realizar a festa do próximo ano, o nosso reconhecimento. Ainda há muitos valores de que nos orgulhamos, na nossa comunidade.

No dia 4 de Maio foi o encerramento, com a celebração às 11h00 da Santa Missa, animada pelo Grupo Coral “Pedras Vivas” da Guarda, cuja actuação foi coordenada pelo Celso Galhano, membro do grupo. Mais um grande contributo para a divulgação da nossa festa e da música como Arte.

Quero também felicitar o Tó Manel Xavier pelo interesse que teve em preservar electronicamente uma grande parte do espólio religioso existente, assim como outro património, que conta a história de outrora. Duas belas iniciativas de conterrâneos, que provam quanto amam a Nave.

Quanto à data da festa, os mais conservadores gostariam de a manter nos moldes actuais; todavia, parte dos que vivem fora da Nave, nem sempre podem cá vir nesta altura do ano, ou porque trabalham, ou porque estudam.

Este facto tem gerado um crescente movimento de opinião, no sentido de se fazer um pequeno ajustamento das datas (mantendo a missa no dia 3 de Maio, e as restantes celebrações no primeiro fim de semana de Maio, nos anos em que o dia 3 seja a meio da semana), por forma a permitir que todos possam estar presentes.

Vantagens que este grupo aponta, relativamente à possível adaptação das datas:
  • manter intactas as tradições,
  • permitir que uma faixa mais alargada da população possa participar na festa todos os anos,
  • permitir que os mais novos se empenhem ainda mais, e vão recebendo o “testemunho”,
  • aumentar a verba para os festejos, já que mais pessoas contribuiriam.

Bem hajam todos os Navenses que, de uma forma ou outra, contribuem todos os anos para o engrandecimento da nossa festa.

Que a festa da Santa Cruz continue a ser o ponto de encontro de todos os AMIGOS DA NAVE.


Maria Amélia Rosário